Em decorrência da Operação Tamoios II, conduzida pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE), a Polícia Federal revelou que o grupo alvo da ação utilizava meios sofisticados para ocultar a origem dos bens adquiridos com recursos provenientes de atividades criminosas, em especial o tráfico transnacional de drogas.
Os investigadores empregaram a quebra de sigilos bancários e fiscais, confirmando a aquisição de diversos bens registrados em nome de terceiros. Essa estratégia visava manter a existência da organização criminosa por meio da dissimulação dos bens, considerando que os envolvidos não possuíam capacidade financeira nem documentação fiscal que esclarecesse a origem dos valores utilizados nas aquisições.
A operação incluiu o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens, sendo notáveis dois apartamentos de luxo na Barra da Tijuca, um deles pertencente ao suposto líder da quadrilha. Além disso, um carro de luxo blindado foi apreendido na garagem. Outros bens sequestrados englobam uma casa em Angra dos Reis, conhecida área turística na Costa Verde do Rio, assim como carros de luxo e motos aquáticas.
A ação é uma decorrência de uma investigação iniciada em agosto de 2021, que identificou traficantes internacionais transportando cocaína por rodovia do Rio de Janeiro até Vitória, no Espírito Santo. Posteriormente, as drogas eram transferidas para cascos de navios por meio de pequenas embarcações pesqueiras, com o auxílio de mergulhadores profissionais, e enviadas à Europa. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Esta segunda fase da Operação Tamoios II evidencia o esforço das autoridades na repressão de organizações criminosas envolvidas em atividades ilícitas, buscando desmantelar estruturas de lavagem de dinheiro e interromper o financiamento do tráfico internacional de drogas