Após a tempestade do último sábado (18), quase 100 mil famílias de Niterói e São Gonçalo continuam sem energia, mesmo após o prazo estabelecido pela Justiça. A Enel alega que suas equipes estão nas ruas, mas na manhã desta terça-feira (21), clientes permanecem no escuro. A Prefeitura de São Gonçalo reporta o fechamento de 9 postos de saúde e 15 escolas, afetando 4.500 alunos.
A Justiça havia determinado à Enel que restabelecesse a energia em Niterói em até 6 horas, sob multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Apesar do prazo expirado, a situação persiste. A Enel alega ter atendido 97% dos clientes até as 8h desta terça, mas não forneceu detalhes sobre as áreas ainda sem luz.
No bairro Fonseca, comerciantes relatam prejuízos diários de R$ 15 mil devido ao apagão. A padaria de Seu Carlos Eduardo e a empreendedora Patricia Leal, que trabalha com marmitas, sofrem com a falta de respostas da Enel e acumulam prejuízos significativos.
Protestos ocorreram nas duas cidades, incluindo o fechamento de ruas importantes, manifestações contra a falta de luz na Ponte Rio-Niterói e ações policiais com o uso de balas de borracha contra os manifestantes. A Enel afirma que está trabalhando para normalizar a situação
