Por Redação,
A rede federal de Saúde no Rio de Janeiro virou sinônimo de descaso, incompetência, desperdício e sofrimento para quem depende dos serviços oferecidos pelos seis hospitais do governo federal no estado. Desde o ano passado, várias denúncias destacaram o sucateamento das unidades, suspeitas de fraudes e mau uso do dinheiro público. A gestão desastrosa que levou a saúde federal no Rio de Janeiro ao caos foi atribuída às indicações do deputado federal Dimas Gadelha (PT), que disputa a eleição para a prefeitura de São Gonçalo.
As indicações no Departamento Geral de Hospitais (DGH) federais do estado do Rio se iniciaram logo no início de 2023, e foram desde o presidente até os escalões mais baixos do órgão federal.
Denúncias generalizadas
No Hospital Federal dos Servidores, uma empresa contratada (emergencial e com dispensa de licitação) não estaria prestando os serviços, apesar do contrato de mais de R$ 5 milhões. Uma obra prevista, desde agosto de 2023, para ampliação da câmara mortuária da unidade sequer havia sido iniciada. O Ministério Público Federal (MPF) pediu informações sobre o contrato ao diretor da unidade, indicado por Dimas Gadelha.
Também em 2023, o diretor geral do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, outro indicado por Dimas Gadelha, foi denunciado por funcionários após ordenar um revestimento acústico em seu gabinete, uma obra cara e desnecessária. Meses depois, em janeiro desse ano, o Cardoso Fontes ficou alagado após fortes chuvas. Vários setores foram desativados e equipamentos danificados, devido à falta de manutenção.
Na edição do dia 17/03/24, o programa Fantástico (Globo) mostrou a administração desastrosa do Departamento Geral de Hospitais do Rio de Janeiro (DGH-RJ).
Clique no link e assista a reportagem:
https://globoplay.globo.com/v/12444117/
O RJTV1 (TV Globo) revelou suspeita de fraude no Hospital Federal de Bonsucesso, onde foi registrada a entrada de 65.344 agulhas hipodérmicas, mas o material sumiu da unidade.
No hospital do Andaraí, onde o diretor geral também é indicado de Dimas Gadelha, a mesma realidade compõe a rotina de funcionários e pacientes.
Após meses de denúncias contra os gestores do DGH-RJ ligados ao deputado Dimas Gadelha, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, exonerou o presidente do DGH-RJ, em março desse ano. Telles também foi indicado por Dimas Gadelha.
O caos na rede federal no estado tem sido atribuído diretamente ao deputado federal Dimas Gadelha. De fevereiro de 2023 até meados de 2024, o parlamentar não mediu esforços para se colocar como o “protagonista” da saúde federal no Rio de Janeiro
A reportagem abaixo aponta a forte influência do deputado Dimas Gadelha (PT) na composição das equipes no DGH-RJ, desde o início de 2023.
Assista a matéria no link abaixo:
Descontentamento dos servidores
Em maio desse ano, o Departamento de Gestão Hospitalar do Rio de Janeiro (DGH) enfrentou uma greve geral dos funcionários das unidades. Entre as reivindicações estavam o fim do sucateamento das unidades de saúde, situação que vem sendo amplamente divulgada pelos canais de imprensa, inclusive com denúncias de monopólios de vagas adotados por políticos.
Segundo o sindicato, “as principais reivindicações são o não fatiamento e privatização do complexo de hospitais federais; a transferência dos servidores destas unidades para a carreira da ciência e tecnologia; o cumprimento do acordo de greve de 2023; o pagamento da insalubridade em grau máximo e do piso da enfermagem na integralidade; o fim do desmonte dos hospitais, com a retomada dos investimentos na compra de insumos e na infraestrutura; bem como a prorrogação de todos os contratos temporários até a realização de concurso público que cubra o déficit de pessoal, hoje de quase 60% da força de trabalho destas unidades”. Também cobram reposição salarial linear para 2024, mas o governo federal propõe reajuste zero.
As más condições das unidades hospitalares são associadas ao loteamento de vagas por políticos, que muitas vezes empregam pessoas sem condições técnicas para atender as especificações exigidas.
No Rio de Janeiro, grande parte dos problemas é atribuída ao deputado federal Dimas Gadelha (PT), que vem sendo denunciado desde o ano passado, por veículos como a TV Globo, pela condução desastrosa da rede federal no Rio. A péssima representação frente ao DGH gerou graned desconfiança sobre a sua capacidade técnica e de seu grupo.