Prisão de Rui Tomé de Souza Aguiar, cujo salário líquido é de R$ 9.256,84, é acusado, juntamente com outras quatro pessoas, de participar de um esquema que superfaturou a compra de nove respiradores mecânicos destinados ao combate à Covid-19 em Carmo, cidade na Região Serrana do estado, durante a pandemia.
Mais um triste capítulo se desenrola no cenário político do Rio de Janeiro, com a prisão de Rui Tomé de Souza Aguiar, atual assessor parlamentar I na Alerj, durante a Operação Éolo, conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Civil.
A ação criminosa, de acordo com as investigações da 112ª DP (Carmo), ocorreu em 2020, quando Rui desempenhava o papel de assessor da presidência da Alerj. Na época, a compra dos equipamentos, autorizada com recursos destinados pela Alerj ao município de Carmo, foi superfaturada. Além disso, os respiradores adquiridos não funcionavam, representando uma séria ameaça à vida dos pacientes de Covid-19.
O delegado titular da 112ª DP, Herbert Tavares, apontou Rui como o mediador da ação, destacando que o assessor parlamentar, ao saber da verba disponível, estabeleceu contato com o então prefeito de Carmo por meio do antigo secretário de Meio Ambiente. Esse intermediário foi crucial para que a proposta fosse vencedora, mediante um acordo de propina.
A Operação Éolo, nome que faz referência ao deus dos ventos na mitologia grega, também inclui a realização de 10 mandados de busca e apreensão, um deles direcionado ao ex-prefeito de Carmo, Paulo César Ladeira. Ainda segundo as investigações, a verba destinada pela Alerj para auxiliar no enfrentamento da pandemia foi desviada, resultando na aquisição de equipamentos defeituosos que colocaram em risco a saúde da população.

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