novembro 21, 2024
novembro 21, 2024
21/11/2024

Comissão da Câmara debate novamente projeto que restringe casamentos entre pessoas do mesmo sexo

Telegram
Facebook
WhatsApp
Twitter
Comissão da Câmara debate novamente projeto que restringe casamentos entre pessoas do mesmo sexo

Nesta terça-feira (10), a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados retoma a análise do projeto de lei que busca proibir o reconhecimento de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A discussão sobre essa proposta teve início em setembro, mas os pedidos de vista têm atrasado sua tramitação na Câmara.

Na última sessão dedicada ao assunto, no mês passado, o deputado Pastor Eurico (PL-PE), relator do projeto, solicitou mais tempo para apresentar uma versão revisada do parecer. Naquela ocasião, a ideia era criar um grupo de trabalho composto por deputados tanto da base governista quanto da oposição, visando à elaboração de um texto consensual.

O projeto original, apresentado em 2007 pelo então deputado federal Clodovil Hernandes, estilista e apresentador de televisão, tinha a intenção de modificar o Código Civil para permitir que duas pessoas do mesmo sexo pudessem formalizar uma união homoafetiva por meio de contrato que abordasse questões patrimoniais.

No entanto, o texto que está em discussão atualmente estabelece que, “nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode ser equiparada ao casamento ou à entidade familiar”.

Na justificativa do projeto, os deputados argumentam que “aprovar o casamento homossexual é negar a maneira como todos os seres humanos nascem neste mundo e, além disso, é atentar contra a existência da própria espécie humana”.

Na análise do relator, Pastor Eurico, a Constituição brasileira “restringe a possibilidade de casamento ou união entre pessoas do mesmo sexo”. Ele defende que o casamento é um pacto que decorre da relação conjugal e, portanto, não deve sofrer interferência do poder público, uma vez que o casamento entre pessoas do mesmo sexo contraria a verdadeira essência do ser humano. Ele também ressalta que a palavra “casamento” representa uma realidade objetiva e atemporal, centrada na procriação, o que exclui a união entre pessoas do mesmo sexo.

Vale destacar que, em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, e em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu uma resolução que determinava a realização de casamentos homoafetivos em cartórios de todo o país.

Vinkmag ad
Telegram
Facebook
WhatsApp
Twitter