outubro 22, 2024
22/10/2024

Condenados por abuso sexual em centro espiritualista no Rio de Janeiro

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A juíza Simone de Araujo Rolim da 29° Vara Criminal do Rio de Janeiro executou a condenação de Marcelo Antonio Marques, Leonardo Campello e Jayson Garrido pelo crime de violação sexual mediante fraude. Os homens foram integrantes do Centro Espiritualista Semeadores da Luz (CESL), localizado na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde praticavam abusos em seus fiéis com a desculpa de realizar a “iniciação tântrica”.

O Ministério Público estadual recebeu a denúncia em 2018, e na época, os acusados foram determinados a usar tornozeleiras eletrônicas e foram proibidos de frequentar o centro espiritual. Além disso, foram restringidos de manter contato com as testemunhas e fiéis. No mesmo ano, um pedido de prisão foi assinado, mas a Justiça não deferiu.

Os homens alegavam pregar o universalismo como filosofia, reunindo matrizes religiosas de umbanda, candomblé, Igreja Gnóstica Cristã e correntes orientais. No entanto, eles usavam a posse por diversas entidades para convencer os fiéis a iniciarem as práticas religiosas, que incluíam atos sexuais e libidinosos nos rituais de “iniciação tântrica”. Durante o período de 2009 a 2016, Marcelo praticou mais de 100 abusos.

O vice-presidente do CESL, Leonardo, além de saber dos abusos, também incentivava as vítimas a obedecerem a vontade de Marcelo. Ele também praticava abusos e se passava por psicólogo, cobrando pelas sessões que realizava irregularmente. Jayson, antigo médium da CESL, foi denunciado por abusar de duas meninas, uma sendo menor, na época, com 15 anos de idade.

A maioria dos fiéis não suspeitava da atividade abusiva pelas grandes encenações em nome da religião. As vítimas eram escolhidas por Marcelo, que selecionava apenas homens bonitos e jovens, e os coagia a acreditarem que “depositaria seu axé” em um chacra secreto dentro do ânus do fiel. Além das práticas sexuais, os fiéis eram convencidos a abdicar de suas vidas pessoais para buscar a religião.

Marcelo, Leonardo e Jayson foram condenados a 5 e 3 anos de prisão, respectivamente, e poderão recorrer em liberdade.

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