fevereiro 16, 2025
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16/02/2025

Defeitos nas câmeras corporais da Polícia Militar do Rio de Janeiro comprometem eficácia da tecnologia

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Defeitos nas câmeras corporais da Polícia Militar do Rio de Janeiro comprometem eficácia da tecnologia

No Rio de Janeiro, as câmeras operacionais portáteis (COPs), também conhecidas como câmeras corporais, que deveriam desempenhar um papel fundamental na redução da letalidade policial, estão enfrentando uma série de problemas técnicos que comprometem sua eficácia. Documentos obtidos pelo jornal O Globo revelam que as bodycams implantadas em unidades da Polícia Militar (PM) não estão funcionando como deveriam.

Os problemas identificados nas câmeras corporais incluem falhas nas baterias, com algumas descarregando em poucas horas de uso, enquanto outras não conseguem ser recarregadas para uso futuro. Além disso, as câmeras enfrentam dificuldades para se conectar à internet, e há questões relacionadas a suportes defeituosos que prendem os equipamentos aos uniformes dos policiais, bem como na identificação dos agentes que as utilizam.

Relatórios documentam pelo menos 39 ocorrências entre agosto e outubro em 16 unidades da PM no estado. Os problemas variam, mas as baterias são a principal preocupação, com agentes sendo impossibilitados de usar as câmeras devido à falta de carga. A duração da bateria também está aquém do prometido, operando apenas metade do tempo estimado.

O governo do estado expressou sua insatisfação com a situação e abriu um processo administrativo contra a empresa contratada, L8 Group S/A, que pode enfrentar punições, incluindo a impossibilidade de celebrar contratos públicos por cinco anos.

Apesar dessas falhas, a implementação de câmeras corporais é uma estratégia para reduzir a letalidade policial, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é que mais de 13 mil câmeras sejam adquiridas e utilizadas até o final de dezembro. A elite das polícias ainda não tem essas câmeras instaladas, embora estejam previstas para serem implementadas até o final deste ano.

Embora a empresa contratada afirme que os problemas são pontuais, essas questões representam um obstáculo significativo na busca por maior transparência e responsabilidade na atuação policial, comprometendo a capacidade de monitorar e documentar operações policiais e possíveis abusos. A eficácia das câmeras corporais como uma ferramenta de responsabilização e segurança pública está em risco até que esses problemas sejam resolvidos.

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