Em um desdobramento significativo da investigação sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes em 2018, Ronnie Lessa, acusado do crime, apontou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como um dos mandantes durante sua delação premiada à Polícia Federal. A informação foi trazida pelo “Intercept Brasil”.

Lessa, preso em 2019, decidiu colaborar com informações relevantes sobre o caso no final de 2023. No entanto, o acordo ainda aguarda homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicando que o possível mandante do assassinato tem foro privilegiado. As investigações sugerem que Brazão teria ordenado o crime por vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo, com quem Marielle trabalhou por uma década na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Brazão e Freixo, ambos ex-deputados estaduais, mantinham relações conflituosas no Parlamento Fluminense.

Élcio de Queiroz, também envolvido no crime e detido, fez uma delação à PF, na qual mencionou o nome de Domingos Brazão no contexto do assassinato de Marielle Franco.

O advogado Márcio Palma, representante de Domingos Brazão, afirmou ao “Intercept Brasil” não ter conhecimento da informação, obtendo todas as informações sobre o caso pela imprensa, uma vez que seu pedido de acesso aos autos foi negado, alegando que Brazão não era investigado.

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