A chegada dos 28 bebês prematuros ao Egito, retirados do Hospital Al-Shifa na Faixa de Gaza, contou com a assistência crucial de Israel, conforme reportado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo canal estatal egípcio Al Qahera News. No comunicado, a OMS destacou que 11 bebês encontram-se em ‘estado crítico’, todos enfrentando ‘infecções graves’.
Neste processo, as ambulâncias do Crescente Vermelho palestino deslocaram os prematuros do Hospital Al-Shifa, em Rafah (Gaza), até a passagem de Rafah, onde seguiram para o Egito. Dezesseis dessas crianças já foram encaminhadas ao Hospital El Arish, localizado a 45 quilômetros a oeste da fronteira de Rafah, por ambulâncias equipadas com incubadoras do Crescente Vermelho egípcio. No entanto, o hospital El Arish não tem capacidade para receber todos os bebês, sendo que alguns serão transferidos para Ismailia (a 200 km) ou para a capital, Cairo (a 300 km), conforme informações de uma fonte médica à AFP. Vale ressaltar que os bebês não estão acompanhados de suas famílias, pois o Ministério da Saúde do Hamas não conseguiu localizá-las.
Inicialmente, o canal egípcio Al Qahera News anunciou a chegada de 29 bebês, corrigindo posteriormente para 28. Ao todo, 31 bebês prematuros foram retirados do Hospital Al-Shifa, classificado pela OMS como uma “zona de guerra”. No entanto, não está claro por que apenas 28 bebês chegaram ao Egito, contrariando os relatórios iniciais que indicavam a transferência de 31 bebês.
Segundo o jornal The Times of Israel, a evacuação dos bebês ocorreu com apoio israelense após as tropas assumirem o controle do hospital durante o fim de semana. Desde o início do conflito, Israel havia instado a evacuação do hospital, simultaneamente fazendo apelos aos residentes do norte de Gaza para se deslocarem para áreas seguras no sul.