O presidente da Agetransp, Adolfo Konder, marcou presença em uma audiência pública na Alerj, nesta terça-feira (11/6), para abordar a situação crítica do transporte ferroviário no Rio de Janeiro, operado pela concessionária Supervia. A audiência, conduzida pela Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminense e pela Comissão de Transporte da Alerj, revelou um quadro alarmante: o serviço fornecido pela concessionária tem se deteriorado nos últimos anos.
O estudo realizado pela Agetransp demonstra uma queda significativa nas condições de operação da Supervia desde 2018 até 2023. Palavras-chave: transporte ferroviário, Supervia, Agetransp, condições de operação.
Os dados revelam que o tempo médio de viagem no ramal Japeri aumentou de 95 para 111 minutos entre 2019 e 2023, enquanto no ramal Santa Cruz, esse tempo subiu de 91 para 108 minutos no mesmo período. Além disso, a operação de equipamentos de acessibilidade como elevadores e escadas rolantes mostrou uma queda acentuada em seu funcionamento pleno, com apenas 73% dos elevadores e 46% das escadas rolantes operando corretamente em 2023.
As ocorrências envolvendo o sistema ferroviário também aumentaram drasticamente, passando de 304 em 2018 para 2.776 em 2023. Questões como furto de cabos, vandalismo e degradação da via permanente contribuem para um ambiente inseguro para os passageiros.
O presidente da Agetransp, Adolfo Konder, enfatizou a intensa fiscalização da agência para buscar melhorias na prestação de serviço da Supervia, com mais de R$ 20 milhões em multas aplicadas. Ele ressaltou o compromisso da agência em mediar a relação contratual entre o poder concedente e a concessionária, visando o bem-estar da população.
Representantes de diversos setores, incluindo membros da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado e da sociedade civil, participaram da audiência pública. No entanto, a Supervia não enviou representantes, destacando ainda mais a gravidade da situação.
O vice-presidente da Agetransp, conselheiro Charlles Batista, comentou sobre a necessidade de mudança no sistema, enfatizando a modernização como uma solução viável, enquanto o deputado Rodrigo Amorim defendeu o uso de recursos do Fundo Soberano para fortalecer a fiscalização das concessionárias de transporte.
A situação delicada do transporte ferroviário no Rio de Janeiro requer medidas urgentes. A Frente Pró-Ferrovias destaca a importância de soluções para garantir a segurança e eficiência do transporte de passageiros na região, enquanto parlamentares como o deputado Dionisio Lins pedem a criação de um Grupo de Trabalho para debater alternativas para os serviços ferroviários.