Uma bebê de apenas um ano de idade teve o seu dedo amputado após uma suposta falha médica ocorrida no Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas, em São Gonçalo, na última quarta-feira (15/03). Segundo a família, a criança deu entrada na unidade de saúde com uma picada de bicho na testa e recebeu um acesso para a medicação. Na hora da retirada do acesso, a técnica de enfermagem teria cortado, sem querer, parte do dedo da criança com uma tesoura. A mãe da bebê entrou em desespero e retornou à unidade de saúde, onde constatou que a criança precisaria ficar internada, sem previsão de alta.
O pai da criança compartilhou a história nas redes sociais, e a família alega que a unidade de saúde teria dito que não teria mais nada a fazer e que os parentes deveriam entrar na justiça para ter seus direitos garantidos.
Este caso de erro médico não é incomum no Brasil. De acordo com um estudo recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais, dos 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais no Brasil, 1,3 milhão passam por negligência ou imprudência durante o tratamento médico, todos os anos. São quase 55 mil mortes por ano no país devido a erros médicos.
O médico perito especialista em erro médico, Luiz Carlos Torres, alerta para a necessidade de ampliar o debate sobre o tema. Ele enfatiza que a situação dos profissionais da saúde agravou-se ao longo dos últimos meses devido à sobrecarga de trabalho e novas rotinas impostas pela pandemia. É fundamental averiguar cada caso com cuidado para configurar o erro médico, e debater mais amplamente a questão no Brasil.
