Investigação revela interferência de ex-diretor da PRF nas eleições de 2022
Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Federal (PF) prendeu Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Florianópolis. A prisão faz parte da investigação da Operação Constituição Cidadã, que apura a interferência no segundo turno das eleições de 2022.
Vasques, que comandava a PRF na época, é acusado de direcionar recursos para dificultar o trânsito de candidatos no dia das eleições. A operação também cumpre 10 mandados de busca e apreensão em diversos estados.
De acordo com a investigação, Vasques teria determinado um “policiamento direcionado” durante uma reunião de gestão em outubro de 2022, conforme registros de conversas entre membros da PRF. A ação, que conta com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, tem como objetivo esclarecer o uso indevido da máquina pública para influenciar o processo eleitoral.
Os crimes investigados incluem prevaricação, violência política e interferência no exercício do sufrágio. Mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Silvinei Vasques, que possui vasta experiência na PRF e ocupou cargos de destaque na instituição, foi preso após sua dispensa do cargo em dezembro. Ele enfrenta acusações de improbidade administrativa e uso inadequado de símbolos e imagem da PRF durante a eleição.
