A cidade de São Gonçalo está vivendo uma intensa mobilização em defesa de suas antigas estações de trem, consideradas patrimônio histórico e cultural protegido por meio do tombamento estabelecido pela Lei Municipal 222/2009. As denúncias sobre a possibilidade de demolição desses imóveis ganharam grande repercussão e, em menos de uma semana, a sociedade civil gonçalense se uniu para exigir esclarecimentos e preservar a história da cidade.
“Tudo começou com as denúncias da imprensa local, que me fizeram saber que a obra do corredor de ônibus na antiga linha do trem de São Gonçalo poderia derrubar as antigas estações de trem, protegidas pelo tombamento pela Lei Municipal 222/2009, de minha autoria”, afirmou o ex-vereador Marlos Costa, que se mostrou preocupado com a situação.
Na sessão que marcou o retorno do recesso na Câmara de Vereadores de São Gonçalo, a questão também foi debatida, refletindo a importância que a comunidade atribui ao tema.
Para acrescentar ainda mais força à causa, Marlos Costa ingressou com um pedido de informações junto à prefeitura, utilizando a Lei de Acesso à Informação (LAI).
“Solicitei (à prefeitura) esclarecimentos sobre o custo, o planejamento da obra e qual empresa vai executá-la. Além disso, pedi a cópia do contrato e informações sobre como o projeto pode afetar esses imóveis tombados, que são bens públicos sob a guarda do município. Essas estações são um patrimônio de todo o povo gonçalense”, ressaltou Marlos Costa.
O projeto de um corredor de ônibus percorrendo o trajeto da antiga linha férrea levanta preocupações sobre a preservação do patrimônio e a importância histórica das estações.
A mobilização da sociedade é essencial para garantir a proteção do patrimônio histórico da cidade. Com a busca por esclarecimentos e informações transparentes da prefeitura, espera-se que o debate público e a participação cidadã conduzam a uma decisão que concilie o desenvolvimento urbano com a preservação de sua rica história.
“O legado histórico-cultural de São Gonçalo merece ser valorizado e protegido para as gerações presentes e futuras”, finaliza Marlos Costa.