O Exército decidiu agir de maneira enérgica no caso do desaparecimento das 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo. Dezessete militares foram punidos administrativamente por omissão e negligência. Oficiais superiores, capitães, tenentes e subtenentes que tinham responsabilidade na gerência, fiscalização e controle do armamento estão entre os sancionados. Todos começaram a cumprir prisão disciplinar na quarta-feira (25).
O procedimento administrativo concluiu que os militares foram omissos, permitindo o sumiço das armas, e negligentes, devido à demora em perceber a ausência do arsenal. Além disso, um Inquérito Policial Militar está em andamento, com sete militares sendo suspeitos de envolvimento direto no furto das armas, e seus sigilos foram quebrados. As autoridades esperam que a análise de mensagens e transações bancárias possa esclarecer os detalhes do crime, desde o planejamento até a receptação. Uma das linhas de investigação sugere que os militares possam ter sido cooptados por facções criminosas fora do quartel.
Vale ressaltar que o Inquérito Policial Militar pode investigar civis devido à natureza do crime ser de ordem militar, contando com a colaboração das polícias Civil e Federal. Até o momento, 17 das 21 metralhadoras furtadas foram localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo.