O governo federal está prestes a anunciar, ainda nesta semana, uma série de novas medidas voltadas para a segurança pública no Rio de Janeiro. Em pronunciamento na última quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que a crise na segurança pública na cidade não é um problema apenas dos governos locais, mas sim uma questão que abrange todo o Brasil.
Nesse sentido, os ministros Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Defesa) planejam se reunir na segunda-feira (30) para discutir as ações do governo no combate ao crime organizado no Rio. O governo federal entende que o crime organizado deixou de ser uma questão restrita ao âmbito estadual e que é imperativo uma abordagem conjunta com estratégias de inteligência para enfrentá-lo.
Na semana anterior, os ministros já haviam se reunido para debater a crise, que se intensificou após os ataques a 35 ônibus na Zona Oeste do Rio. Os ataques foram desencadeados pela morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como “Faustão”. Após essa reunião, Flávio Dino mencionou que as propostas se concentrarão em fortalecer a segurança nas fronteiras terrestres, portos e aeroportos.
Dino também sugeriu que o governo planeja investir em tecnologia para melhorar a segurança pública. Ele enfatizou que a violência no Rio de Janeiro não é resultado da falta de planejamento, mas requer ações de inteligência, maior uso de tecnologia e enfraquecimento das organizações criminosas.
O ministro da Justiça destacou que o efetivo da Força Nacional de Segurança, enviado para ajudar a controlar a situação, já está no Estado. O contingente inclui 545 agentes federais, sendo 240 da Polícia Rodoviária Federal e 305 da Força Nacional. Além disso, o Ministério destinou um investimento de R$ 247 milhões para a segurança do Rio, bem como 50 viaturas da Força Nacional.
A fala do presidente Lula, destacando que a crise no Rio é um “problema do Brasil,” reflete a gravidade da situação. Os ataques na Zona Oeste causaram transtornos significativos, com um grande número de ônibus incendiados, prejudicando milhões de passageiros e afetando diversos bairros. A morte de “Faustão” desencadeou uma série de eventos preocupantes, sublinhando a urgência de uma resposta eficaz do governo.