Os números do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o envelhecimento da população é uma realidade crescente no Brasil. Entre os estados, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais se destacam por terem o maior percentual de população idosa. O aumento é notável: o total de idosos com 65 anos ou mais saltou de 14.081.477 em 2010 para 22.169.101 em 2022, representando um crescimento de 57,4%.
As regiões do Sudeste e do Sul são as que concentram a maior proporção de idosos, com 12,2% e 12,1%, respectivamente. O Rio Grande do Sul lidera com 14,1% de idosos e registra o menor percentual de crianças. No Rio de Janeiro, 13,1% da população é composta por idosos, enquanto Minas Gerais registra 12,4%. As crianças representam 17,8% no estado fluminense e 18,1% no estado mineiro.
Por outro lado, a Região Norte se destaca por ter a maior proporção de crianças, com estados como Roraima, Amazonas e Amapá registrando 29,2%, 27,3% e 27% de sua população nessa faixa etária. Nos estados do Norte, o percentual de idosos com 65 anos ou mais é inferior a 6%, refletindo um perfil demográfico mais jovem.
O envelhecimento populacional é um fenômeno mais acentuado nas cidades pequenas e nas maiores. O índice de envelhecimento, que avalia a proporção de idosos em relação a cada grupo de 100 crianças, é de 76,2 nas cidades com até 5 mil habitantes e de 63,9 nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Nas cidades com populações intermediárias, esse índice é mais baixo, com o menor patamar de 48,9 nas cidades de 50 mil a 100 mil habitantes. Esse fenômeno ocorre devido à saída da população economicamente ativa das cidades pequenas em busca de empregos e serviços melhores nas cidades maiores, onde a fecundidade tende a ser mais baixa.