A prisão em flagrante do jornalista alemão Rainer Adolph, de 71 anos, em sua residência em Curicica, Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, revelou detalhes perturbadores. Adolph foi detido por armazenar conteúdo de abuso sexual infantil em seus dispositivos eletrônicos, após uma investigação desencadeada pela prisão de outro indivíduo, em janeiro, também envolvido nos mesmos crimes.
Os agentes que realizaram a prisão encontraram na casa de Adolph objetos de sadomasoquismo, vestimentas infantis, brinquedos sexuais e aproximadamente 30 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual contra crianças, incluindo alguns arquivos criptografados. A polícia alega que parte dos vídeos foi produzida pelo próprio jornalista, mostrando crianças e adolescentes em situações de abuso, com a comercialização dessas mídias sendo direcionada para a Europa.
Nas redes sociais, Adolph compartilhava fotos de meninas em sua piscina, vídeos de menores dançando e até mesmo imagens íntimas. Com visto de trabalho no Brasil desde 2000, o jornalista é investigado por estupro de vulnerável e comercialização de conteúdo de abuso. A operação contou com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima e da Subsecretaria de Inteligência. O caso destaca a importância de enfrentar crimes de abuso infantil e reforça a necessidade de cooperação internacional para combater tais práticas repugnantes.