abril 29, 2025
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29/04/2025

Lula e Campos Neto se encontram em reunião inédita após meses de conflitos

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Lula e Campos Neto se encontram para reconciliação após meses de desentendimentos

Nesta quarta-feira (27), o presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se reuniram no Palácio do Planalto. O encontro foi intermediado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e marca o primeiro encontro entre os dois líderes após meses de desentendimentos.

O objetivo da reunião era aproximar Lula e Campos Neto, que vinham trocando críticas, especialmente por conta das reduções consecutivas na taxa de juros da economia. A última redução de 0,5 ponto percentual levou a taxa Selic de 13,25% para 12,75% ao ano.

Apesar das reduções, o governo espera mais cortes na taxa de juros, com base no boletim Focus do Banco Central, acreditando que a Selic pode chegar a 9% até o final do próximo ano. O comunicado do Copom destacou a possibilidade de novos cortes, apesar de ressalvas devido às incertezas econômicas.

O encontro entre Lula e Campos Neto é visto como um avanço institucional, uma vez que ambos haviam se enfrentado publicamente. O petista e parlamentares governistas haviam criticado os juros altos e pressionado por reduções, tendo o presidente do Banco Central como alvo principal.

Embora seja o primeiro encontro em 2023, Lula e Campos Neto já se encontraram no final do ano passado, no fim do governo Bolsonaro.

As suspeitas de pretensões políticas por parte de Campos Neto e sua proximidade com parlamentares do Centrão geraram desconfiança no Palácio do Planalto. Essas suspeitas já foram manifestadas publicamente por Lula em outras ocasiões.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atuou como intermediário nesse processo de reaproximação, apesar de desentendimentos iniciais. Fontes do Ministério da Fazenda acreditam que o momento é propício para o encontro, especialmente após a redução consecutiva da taxa de juros.

Além disso, a ida de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para a cúpula do Banco Central melhorou a relação entre o governo e a autoridade monetária, uma vez que ambos têm poder de voto no Copom.

Roberto Campos Neto e Fernando Haddad têm buscado trabalhar em harmonia, demonstrando uma nova fase na relação entre governo e Banco Central.

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