Há décadas, a política ambiental engatinha em muitos pontos no Brasil. Faltam projetos e ações inteligentes e efetivas que promovam uma interatividade autossustentável entre sociedade, fauna e flora
Por Bianca Lopes
A população precisa ficar atenta ao que está acontecendo hoje na política ambiental, pois uma votação pode colocar tudo a perder e deixar “passar a boiada”. E nada mais oportuno do que chamar a atenção para esse tema hoje, 5 de junho, Dia do Meio Ambiente.
Três políticos que obtiveram expressividade na eleição de 2022, por defender com afinco a pauta animal, traíram a bandeira sobre o tema e, principalmente, seus caros eleitores. São eles:
Fred Costa (Patriota-MG), autor da Lei Sansão; Marcelo Queiroz (PP-RJ), criador do programa RJ PET; e Bruno Ganem (Podemos-SP), autor da lei que obriga condomínios residenciais de São Paulo a comunicar maus tratos a animais aos órgãos de segurança.
Isso mesmo, três “grandes defensores dos animais” deram bola fora, votando sim pelo Marco Temporal, beneficiando o desmatamento florestal desenfreado, explorações criminosas de mineradoras em terras de povos originários.
Já imaginaram o nosso bioma ainda mais degradado? Retrocesso total!
A Mata Atlântica será reduzida a pó e várias espécies de animais e plantas poderão ser extintos em poucos anos. A biodiversidade das nossas matas oferecem refúgio e alimento tanto para os animais quanto para os povos originários.
Proteção Animal não é superficial, abrange muito mais do que cães e gatos. Trata-se de um propósito direcionado à defesa de todos os animais, assim como dos ambientes em que vivem.
Sejam animais silvestres ou não, necessitam de leis e comprometimento desses mesmos que disseram SIM com total desmazelo.
Termino esse texto convocando protetores e simpatizantes da causa a refletirem. É inadmissível aceitar tamanha negação daquilo que defenderam nas urnas no ano passado.
Um mandato legislativo precisa ter coerência com as propostas que elegeram os candidatos, caso contrário, se configuram como “pseudoprotetores”.
Precisamos de gente de verdade e comprometida com a preservação do meio ambiente.
Na pauta da Justiça
O caso sobre o marco temporal de terras indígenas está pautado para a sessão da próxima quarta-feira (7/06) do Supremo Tribunal Federal (STF). Em lados opostos, ruralistas e povos originários defendem seus pontos de vistas. A discussão vai definir o processo de demarcação de terras e se arrasta desde 2021
Fica aqui registrada a minha indignação. Vocês não enganarão mais a população! #PreserveaMataAtlântica #Biodiversidade #Sustentabilidade #MarcoTemporal
* Bianca Lopes é ativista da proteção animal e das causas sociais.