novembro 21, 2024
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21/11/2024

Membros de motoclube presos por apologia ao nazismo e tráfico de drogas no Rio de Janeiro

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Na última segunda-feira (31), a Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a prisão de quatro integrantes de um motoclube no bairro do Méier, zona norte da cidade, sob suspeita de apologia ao nazismo.

De acordo com o delegado Felipe Santoro, responsável pela investigação na 26ª DP (Todos os Santos), os membros do motoclube Satan’s utilizavam coletes com símbolos nazistas, como a sigla SS, que remete à Schutzstaffel, organização paramilitar do regime liderado por Adolf Hitler.

Foto: Divulgação Policia Civil

Alexander Leôncio Barbosa e Rodrigo Espinosa Perello serão acusados por porte de arma de fogo de uso restrito, posse de arma branca, adulteração de sinal de veículo, organização criminosa e apologia ao nazismo. Já Philipe Ferreira Ferro de Lima, diretor do motoclube, responderá por tráfico de drogas, organização criminosa e apologia ao nazismo. Rafael Ferreira Santos, outro membro do grupo, também foi preso sob a suspeita de apologia ao nazismo.

A polícia não informou se os suspeitos contam com a representação de advogados.

O motoclube já estava sendo investigado por possível envolvimento em um atentado contra um bar no Méier, ocorrido em maio. Na ocasião, homens passaram pelo local e dispararam pelo menos dez tiros contra o estabelecimento. Não houve feridos e a motivação do ataque ainda está sendo investigada.

Em suas publicações nas redes sociais, o perfil do motoclube afirmava apoiar a “liberdade de um cidadão pai de família ter uma arma em casa”, e que o clube é “patriota e nacionalista, conservador nos costumes, mas não politizado”.

Barbosa e Perello foram abordados pelos agentes na segunda-feira. Eles estavam em uma motocicleta com placa adulterada e vestiam os coletes do motoclube. Com a dupla, foram encontrados um revólver, munição e duas facas.

Horas depois, Lima, diretor do motoclube, também foi preso. No interior da sede do clube, no Méier, a polícia encontrou drogas que, segundo os agentes, eram comercializadas.

“Esses indivíduos se organizavam para cometer crimes e ostentavam símbolos nazistas em seus coletes para intimidar as pessoas, que tinham medo de denunciá-los”, afirmou o delegado Felipe Santoro.

Lima já havia sido preso por apologia ao nazismo em 2013, após agredir um homem por razões discriminatórias, em Niterói.

“Há pelo menos dez anos o acusado vem se dedicando à prática racista e discriminatória”, disse Santoro.

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