O Ministério da Saúde divulgou, nesta sexta-feira (14/04), um balanço mostrando que havia 288 leitos impedidos nos hospitais federais do Rio de Janeiro na primeira semana de abril. No entanto, de acordo com Alexandre Telles, diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no estado do Rio, o Ministério da Saúde está trabalhando para reabrir as fechadas.
Os dados do Ministério da Saúde revelam que, em janeiro deste ano, havia 593 leitos impedidos nas unidades federais. Isso significa que, em três meses, foram reabertos 305 leitos, o que representa uma redução de 51% dos leitos fechados.
“Os principais motivos para fechamento de leitos são recursos humanos, problemas de estrutura e a necessidade de aquisição de mobiliário. A gente já está tendo ações concretas do ministério para resolver o problema. Prova disso é a redução de leitos impedidos”, disse Telles.
Segundo Telles, não apenas os leitos foram reabertos, como também estão sendo efetivamente usados por pacientes.
O balanço do Ministério da Saúde mostra que o número de leitos ocupados passou de 843 em janeiro para 1.205 em abril.
“Significa, em outras palavras, que nós abrimos um hospital médio no Rio de Janeiro, de janeiro para cá”, afirmou o secretário de Atenção Especializada à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães Junior.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde realizou uma série de vistorias técnicas nos seis hospitais gerais administrados pela União, os hospitais federais do Andaraí, Cardoso Fontes, de Bonsucesso, de Ipanema, da Lagoa e dos Servidores do Estado.
Nessas vistorias foram constatados não só o grande número de leitos fechados, como também o fechamento de 20 salas cirúrgicas, leitos de CTI e setores inteiros.
O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para elaborar um plano de emergência a fim de resolver os problemas identificados nas vistorias. Além disso, informou que tem adotado algumas medidas, como a elaboração do plano de recomposição de sua força de trabalho, que perdeu 1.600 funcionários de seu quadro permanente nos seis hospitais desde 2018, a interlocução com as autoridades de saúde do estado e município e o monitoramento da fila cirúrgica e da ocupação hospitalar.
Durante cerimônia de posse dos novos diretores das unidades federais do Rio de Janeiro, com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do deputado federal Dimas Gadelha, que destacou:
“Não podemos mais aceitar a precarização da saúde. Precisamos lutar para que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja fortalecido, para que possamos oferecer um atendimento de qualidade para a população”.
A ministra acrescentou que “os institutos nacionais e os hospitais federais não são um problema. Eles têm que ser vistos como parte da solução coletiva para as questões ligadas à saúde”.
O deputado federal Dimas Gadelha, que participou da cerimônia de posse, destacou a importância da reabertura dos leitos e do fortalecimento dos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Dimas ressaltou que “a população não pode ser penalizada pela falta de investimentos. É fundamental garantir uma saúde de qualidade para todos os brasileiros”, avalia Dimas.
O Ministério da Saúde garante manter os esforços para garantir que os hospitais federais possam prestar um atendimento de qualidade para a população.
