dezembro 3, 2024
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03/12/2024

Ministra da Saúde demite líder de compras hospitalares no Rio indicado por deputado federal

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Ministra da Saúde, Nísia Trindade _ Foto: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

Por Redação,

 

Em meio à crise, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, exonerou Carlos Ney Pinho Ribeiro do cargo de Coordenador-Geral de Governança Hospitalar no Rio de Janeiro. A decisão, publicada no Diário Oficial desta terça-feira, reflete a urgência de ações diante da crise na rede federal de saúde. Ney, responsável por supervisionar as compras dos seis hospitais federais, foi afastado devido à sua interferência política em indicações para cargos de confiança.

Para ocupar o cargo, a ministra nomeou Paula Lemos Ferreira dos Santos Glielmo, conferindo-lhe autoridade para autorizar gastos, emitir e anular empenhos, além de outras responsabilidades financeiras essenciais. No entanto, apesar das medidas tomadas, os hospitais federais ainda enfrentam escassez de insumos e medicamentos, conforme relatos de funcionários.

Ney, com pouco mais de três meses no cargo, possui um histórico político influente no PT de São Gonçalo, incluindo passagens por secretarias municipais. Sua nomeação, influenciada pelo deputado federal Dimas Gadelha, é parte de uma série de mudanças na estrutura dos hospitais federais do Rio, desde 2022.

Dimas (de vermelho) e Carlos Ney são amigos de longa data _ Foto: Reprodução Redes Sociais

O contexto político se intensifica com a proximidade das eleições municipais em São Gonçalo, onde Dimas Gadelha, médico sanitarista e membro do PT, enfrenta oposição do bolsonarismo. Enquanto isso, o Ministério da Saúde continua implementando mudanças na estrutura organizacional das unidades, sob pressão constante.

As alterações recentes visam centralizar as aquisições no Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), com um orçamento considerável para este ano. No entanto, os desafios persistem, com pacientes aguardando tratamentos e cirurgias, enquanto dentro das unidades, problemas de infraestrutura evidenciam o descaso administrativo e gerencial.

Essa série de mudanças reflete a complexa interação entre política e saúde pública, com impactos diretos na prestação de serviços médicos essenciais para a população.

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