Na última segunda-feira (23), um dos motoristas dos ônibus incendiados na Zona Oeste do Rio passou por uma situação de extrema coragem. Após o ataque, ele sofreu queimaduras de terceiro grau ao voltar ao coletivo para recuperar sua bolsa, na qual havia documentos pessoais.
Atualmente, o motorista encontra-se internado no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal Pedro II, localizado em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o estado de saúde do homem é considerado estável.
As queimaduras ocorreram no rosto e nos membros superiores do motorista enquanto ele tentava escapar do coletivo que estava sendo incendiado. O incidente aconteceu no Largo do Aarão, em Santa Cruz, e o motorista trabalhava para a Viação Pegaso, responsável pela operação da linha 804.
Os ataques a ônibus na Zona Oeste afetaram significativamente mais de 2,5 milhões de passageiros que dependem das linhas municipais e intermunicipais na região, prejudicando também cerca de 2 mil usuários diários do BRT.
De acordo com a Federação das Empresas de Mobilidade do Estado (Semove), as empresas de ônibus estimam prejuízos de quase R$ 38 milhões devido aos danos causados aos veículos e à interrupção dos serviços de transporte público na região.
Os ataques a ônibus na Zona Oeste são um reflexo das complexas dinâmicas envolvendo as milícias na região, com a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como ”Faustão”, desencadeando a onda de violência. ”Faustão” desempenhava um papel fundamental na interligação entre o tráfico de drogas e as milícias, revelando as tensões existentes entre esses grupos criminosos e as forças de segurança no Rio.

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