O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou, nesta quarta-feira (27), que o governador Cláudio Castro explique o acúmulo de funções públicas e remunerações por parte de seu irmão de criação, Vinicius Sarciá Rocha. Vinicius trabalhou tanto na Agência de Fomento do Rio (Age-Rio) quanto na vice-governadoria do estado durante o período em que Cláudio Castro ocupava o cargo de vice-governador.
O irmão do governador foi alvo de uma operação da Polícia Federal na última semana. O procurador-geral de Justiça do RJ, Luciano Mattos, busca esclarecimentos sobre o período em que Vinicius acumulava dois cargos e duas remunerações. Ele exercia funções na Age-Rio e na vice-governadoria do estado enquanto Cláudio Castro era vice-governador.
O MPRJ já havia solicitado uma resposta, e, como não obteve, reforçou o pedido. O Ministério Público busca informações sobre a possibilidade de Vinicius conciliar as cargas horárias e acumular duas remunerações.
A suspeita inicial do inquérito, mantido em sigilo, é de que o irmão de criação do governador não cumpria integralmente as horas de trabalho. O RJ2 teve acesso ao e-mail enviado à Casa Civil, cobrando uma resposta de Castro.
O Governo do Estado respondeu que não há incompatibilidade entre o exercício de cargo comissionado e o cargo de conselheiro em empresa pública ou sociedade de economia mista. O cargo de conselheiro é desempenhado em reuniões mensais na empresa estatal.
A operação da Polícia Federal, denominada “Sétimo Mandamento”, apreendeu aproximadamente R$ 160 mil em espécie na residência do irmão de criação do governador.
Outras pessoas ligadas a Claudio Castro também foram nomeadas para cargos do governo, incluindo a mulher de Vinicius, Elizabeth Rangel, e o irmão de consideração Caius Sarciá Rocha.
O RJ2 não obteve contato com as defesas de Vinícius Sarciá Rocha, Caius Sarciá Rocha e Elizabeth Rangel.