O governador Cláudio Castro realizou uma mudança significativa na Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ao exonerar Bruno Teixeira Dubeux e nomear Renan Miguel Saad como seu substituto. Essa decisão, publicada em edição extra do Diário Oficial do RJ, marca uma nova fase na liderança jurídica do estado.
Renan Saad, com 30 anos de experiência como procurador, advogado e mestre em direito civil pela Uerj, assume a PGE em um momento crucial. Ele enfrentou acusações graves, incluindo a de receber R$ 1,2 milhão para favorecer alterações no metrô do Rio. No entanto, a denúncia foi rejeitada devido à anulação de provas, levando Saad a negar consistentemente qualquer envolvimento nos crimes alegados.
Essa troca de liderança é acompanhada por questionamentos sobre a gestão anterior, particularmente em relação às mudanças que inflaram significativamente o custo da Linha 4 do metrô. As investigações revelaram um aumento de 11 vezes nos custos, de R$ 880 milhões para R$ 9,6 bilhões, relacionado a decisões questionáveis durante a execução das obras.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidou provas obtidas pelo sistema Drousys da Odebrecht, foi um ponto crucial na rejeição da denúncia contra Saad. A juíza Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, reavaliou o caso em julho de 2023, concluindo que não havia provas suficientes para sustentar as acusações.
Essa reviravolta no cenário jurídico do estado coloca Renan Miguel Saad no centro de uma nova era na PGE, onde a transparência e a integridade serão cruciais para reconstruir a confiança na instituição.
