Niterói – Uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro resultou na prisão de Aílton Guimarães Jorge, também conhecido como Capitão Guimarães, um dos principais contraventores do Rio, e de mais 11 pessoas envolvidas com o jogo do bicho. Entre os detidos estão Marcel Rios Werneck, genro de Guimarães, e cinco policiais, sendo dois civis e três militares.
A ação visa desarticular uma organização criminosa envolvida em homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de armas de fogo, que é liderada por Guimarães. A operação, chamada de “Mahyah,” cumpre 13 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão, abrangendo locais no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Durante as prisões em flagrante, os policiais também apreenderam armas de fogo e uma quantia significativa de dinheiro. Segundo as investigações, a organização criminosa controla o monopólio de jogos de azar e a exploração de bingos clandestinos em várias regiões, incluindo a Ilha do Governador, Niterói, São Gonçalo e partes do Espírito Santo.
A organização demonstrou audácia ao adquirir um grande arsenal de armas de fogo, incluindo pistolas e carabinas, por mais de R$ 312 mil. A compra foi coordenada por Alzino Carvalho de Souza, um policial envolvido no esquema, com a colaboração de agentes de segurança pública corruptos. Documentos apreendidos revelaram que a organização movimentou mais de R$ 10 milhões em apenas um mês.
A Justiça também determinou o sequestro de veículos de luxo supostamente pertencentes à quadrilha de Capitão Guimarães. A operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPES).
O nome “Mahyah” remete à origem da palavra “máfia,” que tem raízes no dialeto siciliano “mafia” e deriva do termo árabe “mahyah,” que significa audácia. Esta operação é um desdobramento da Operação Sicários, deflagrada em dezembro do ano passado.
