A Unidade Municipal de Urgência Dr. Mário Monteiro (Umam), localizada no bairro Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, enfrenta críticas e insatisfação por parte dos pacientes devido à carência de médicos, resultando em consideráveis atrasos nos atendimentos.
Reclamações apontam que a espera pode ultrapassar cinco horas, levando muitos a desistirem do atendimento. Esse problema persiste há meses, segundo relatos. Na triagem, os pacientes são constantemente informados sobre a falta de médicos disponíveis no plantão.
Daniela Rocha, uma doméstica de 33 anos, buscou atendimento na Umam após sentir sintomas de labirintite. No entanto, ao chegar por volta das 11h30 de uma quinta-feira, foi informada de que não havia um médico disponível para atendê-la. Descontente, ela deixou a unidade ao meio-dia sem assistência.
Outro paciente, que preferiu não se identificar, relatou que chegou à unidade às 8h11 com um amigo, e até as 11h, não haviam sido atendidos. Mesmo classificados como fator de risco 2 na triagem, não obtiveram atendimento adequado. A recepcionista informou que apenas um médico estava disponível, mas realizando um atendimento prolongado.
Diante dessas situações, pacientes expressam indignação com a demora e a falta de médicos na Umam, colocando em questão a qualidade do atendimento e as condições do prédio, descrevendo-o como deteriorado e mofado.
O prefeito Axel Grael, ao ser questionado durante as celebrações dos 450 anos de Niterói, prometeu melhorias na área da saúde. Destacou a realização de um concurso público para contratação de 1,3 mil profissionais de saúde e a conclusão de um processo de licitação para gestão por Organizações Sociais (OS) tanto na Umam quanto no Hospital Carlos Tortelly.
A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói respondeu afirmando que mais de 2,5 mil profissionais de saúde foram convocados, e a gestão compartilhada por OS está sendo ampliada para melhorar o atendimento. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) denunciou a redução salarial imposta a médicos, o que pode afetar ainda mais o quadro de pessoal e a qualidade do serviço de saúde na região. O Cremerj continua a cobrar a regularização do pagamento e a manutenção das condições adequadas de atendimento à população.
