novembro 21, 2024
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21/11/2024

Perfil do miliciano Faustão, número 2 da maior milícia do Rio

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Quem era Faustão Teteu, chefe da milicia do RJ

Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão e Teteu, era uma figura central na hierarquia da maior milícia atuante no Rio de Janeiro, liderada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Com apenas 24 anos, sua vida chegou a um fim trágico na segunda-feira, 23 de outubro, quando foi baleado em uma operação da Polícia Civil em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Sobrinho de Zinho, Matheus Rezende era considerado o número 2 da milícia e estava sob investigação por sua suposta ligação com pelo menos 20 homicídios. A operação que resultou em sua morte foi comandada pela Coordenadoria de Recursos Especiais e pelo Departamento Geral de Polícia Especializada.

A morte de Faustão desencadeou uma onda de violência no Rio de Janeiro, com pelo menos 35 ônibus e um trem incendiados em protesto. O governador Cláudio Castro (PL) classificou esses ataques como “terrorismo” e expressou o desejo de ver Zinho preso “nas próximas horas”.

Em setembro, tanto Zinho quanto Matheus Rezende foram denunciados pelo Ministério Público do Rio pelo homicídio de Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, e seu amigo Maurício Raul Atallah, em agosto de 2022. Jerominho foi vereador entre 2000 e 2008 e fundador de uma milícia privada conhecida como Liga da Justiça.

Além de Zinho e Matheus, a denúncia incluiu Rodrigo dos Santos (também conhecido como Latrell ou Eclesiastes 3), Alan Ribeiro Soares (conhecido como Nanã ou Malvadão), Paulo David Guimarães Ferraz Silva (apelidado de Costelinha) e Yuren Cleiton Felix da Silva (conhecido como Naval). De acordo com a denúncia, esses indivíduos, seguindo as ordens de Zinho, Rodrigo e Matheus, foram responsáveis por diversos disparos contra as vítimas.

As investigações apontaram que Maurício Raul Atallah foi morto porque estava junto de Jerominho, o alvo do ataque. Matheus Rezende se tornou o terceiro membro da família a perder a vida em confrontos com a polícia do Rio. Seu tio, conhecido como Carlinhos Três Pontes, faleceu em 2017 em uma operação da Delegacia de Homicídios da Capital, e outro tio, Ecko, perdeu a vida em 2021 em Paciência, Zona Oeste do Rio, o que levou Zinho a assumir o comando da milícia.

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