A secretária-geral do Foro de São Paulo e membro da executiva nacional do PT, Mônica Valente, elevou o tom ao defender, em entrevista à CNN, o direito da Venezuela de reivindicar a anexação da região de Essequibo. A psicóloga respaldou a posição do presidente Nicolás Maduro, destacando que é um direito legítimo que perdura desde o século 19.
A declaração de Valente contrasta com o documento do Foro de São Paulo, divulgado em outubro, que preconiza um acordo entre a República Bolivariana da Venezuela e a República Cooperativa da Guiana, respeitando o diálogo direto, livre de ingerências, e em conformidade com o direito internacional.
Ao ser questionada sobre a possível motivação eleitoral por trás da iniciativa de Maduro, dada a proximidade das eleições no país vizinho no próximo ano, Mônica Valente adotou uma postura ponderada.
“Pode haver uma ligação com as eleições, mas também pode estar relacionado ao fato de a Guiana ter concedido licenças para exploração de petróleo na parte marítima, sem decisão clara. A Guiana também tem o direito de contestar. Essa disputa territorial persiste há muitos anos”, ponderou.