Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Por Redação,
Apesar da crise entre a secretaria de Educação e os professores do Rio de Janeiro, o então secretário Renan Ferreirinha deixou a pasta, ao que tudo indica temporariamente, para reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados com o objetivo de defender o projeto que proíbe o uso de celulares nas escolas em todo o Brasil. O problema é que o parlamentar saiu do comando da pasta do governo do prefeito Eduardo Paes (PSD) sem solucionar a crise com os professores, gerada sob sua gestão.
O caos na secretaria se intensificou logo após o retorno de Ferreirinha a Brasília. Em meio a um pacote de medidas que inclui mudanças na carga horária e licença especial dos professores, através do projeto de lei complementar 186/2024, a classe entrou em greve e os protestos se tornaram frequentes, com manifestantes ocupando o plenário da Câmara de Vereadores e as ruas da cidade. Organizados, os professores lotaram a Cinelândia, no Centro.
Na última terça-feira (26/11), Antoine Azevedo Lousao, que assumiu a secretaria de Educação no lugar de Ferreirinha, participou de uma reunião convocada pelo governo municipal para discutir o projeto de lei que desagrada os professores. Dois pontos não caíram bem:
Primeiramente, o fato de Ferreirinha deixar a pasta sem resolver com classe. Há quem rotule como incompetência. Depois, a “saída pela tangente” ocasionou profunda insatisfação de outros parlamentares, de partidos diversos, que participaram da reunião com o governo municipal e acharam a saída de Renan muito “conveniente” em meio ao caos criado por ele próprio.
Em Brasília, Renan Ferrerinha se livrou da exposição negativa com os professores!
Pegando mal
Comenta-se entre os eleitores do jovem deputado/secretário sobre a impressão de que o seu mandato serve somente para a conquista de cada vez mais crescimento político, já que Renan Ferreirinha, eventualmente, se afasta do cargo municipal para participar de algum processo de votação na Câmara, em detrimento de um projeto político supostamente pessoal.
Autodeclarado gonçalense, Ferreirinha é pouco visto na cidade de São Gonçalo, onde costuma aparecer mais em época de eleição.