São Gonçalo aparece entre os piores municípios em saneamento básico no Brasil

São Gonçalo, uma das maiores cidades do Brasil, está entre as dez piores em saneamento básico, segundo o Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil. Com um índice total de atendimento de esgoto de apenas 33,70%, é ainda mais preocupante que a taxa de tratamento de esgoto seja de apenas 15,49%. De 2017 até 2021, apenas 27,65 milhões foram investidos em saneamento na cidade, embora a venda da Cedae tenha trazido mais de R$ 904 milhões e a gestão tenha sido assumida pela Águas do Rio em novembro de 2021. É importante notar que a Estação de Tratamento de Esgoto nunca funcionou adequadamente desde sua abertura em 1998.

Moradores reclamam da falta de saneamento

Os moradores do bairro Jardim Bom Retiro estão vivenciando uma situação difícil devido à falta de infraestrutura adequada. A precariedade do saneamento básico, a iluminação insuficiente e a falta de calçamento são alguns dos problemas que os afetam. Além disso, eles enfrentam esgotos a céu aberto, sujeira e escuridão durante a noite, o que contribui para o aumento de furtos e arrombamentos na região. Como resultado, a comunidade está se mobilizando para exigir melhorias a prefeitura por meio de uma manifestação.

Niterói é a 4ª melhor cidade do país e a primeira do Rio de Janeiro em saneamento básico

Enquanto São Gonçalo, administrada pelo apoiador e do mesmo partido (PL) de Bolsonaro, prefeito Capitão Nelson, amarga a posição de 4ª pior cidade em saneamento no país, a vizinha Niterói é a 4ª melhor, o que reflete diretamente nos índices e na qualidade de vida.

Sob a gestão ininterrupta do PDT, Niterói subiu 19 colocações e passou a ser a 4ª melhor cidade em nível nacional, somando todos os quesitos, além de ser o único município do estado do Rio de Janeiro no ranking dos 20 melhores do Brasil.

Um dos principais motivos pelos quais a cidade avançou tantas posições no ranking é o resultado do programa de combate a perdas de água promovido pela Águas de Niterói, empresa do Grupo Águas do Brasil.

O nível de perdas é reduzido a cada ano e, em 2022, chegou a 25%. Petrópolis e Campos dos Goytacazes, cidades também operadas pelo Grupo, permanecem em segundo e terceiro lugares do estado no ranking, respectivamente.

O atendimento com coleta e tratamento de esgoto em Niterói saltou de 35%, em 1999, para 95% da população na década atual. Os avanços são frutos de R$1,3 bilhão em investimentos nos sistemas de água e esgoto.

Ranking do Saneamento 2023

O Instituto Trata Brasil publicou a 15ª edição do Ranking do Saneamento, focado nos 100 maiores municípios do país. O relatório analisou os indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento e destacou a necessidade de tratar o esgoto, que ainda não é universalizado nas cidades e precisa ser superado. Os 20 municípios mais bem colocados no ranking têm um tratamento de esgoto 340% maior do que nos 20 piores municípios do Brasil. Os dados indicam que diariamente despeja-se na natureza mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento.

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