A 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu, nesta quarta-feira (30/8), manter a proibição de jogos com torcida no estádio São Januário, do Vasco da Gama. O tribunal argumentou que a segurança dos torcedores deve ser preservada até que uma perícia confirme a ausência de riscos.
A polêmica envolvendo o Vasco e a Justiça persiste, com o clube buscando autorização para realizar partidas no estádio, mesmo que sem a presença de público. O Vasco considera a proibição discriminatória, especialmente por sua localização próxima à favela Barreira do Vasco, onde a movimentação comercial é intensa durante os jogos.
A desembargadora Renata Cotta, relatora do caso, destacou a importância da responsabilidade do clube mandante pela segurança dos consumidores antes e após os eventos esportivos. Ela ressaltou que a segurança é um princípio fundamental do esporte e que os jogos sem público em São Januário têm sido eficazes, sem incidentes registrados.
A magistrada também comentou sobre a alegação de cancelamento de planos de sócio-torcedor devido à proibição, afirmando que não há provas disso e que a avaliação das condições de segurança do estádio será realizada após uma perícia técnica. O voto da relatora foi acompanhado pelo desembargador Carlos Santos de Oliveira.
Já a desembargadora Andréa Pacha discordou da decisão e argumentou que São Januário deveria ser liberado para receber público, salientando que o Vasco fez todo o possível para aumentar a segurança no local.
O Vasco anunciou que recorrerá da decisão ao Superior Tribunal de Justiça. As informações foram fornecidas pela assessoria de imprensa do TJ-RJ

Post Relacionados:



