Nesta quarta-feira (3/05), a Polícia Federal deflagrou a Operação Venire, com o objetivo de investigar a adulteração em cartões de vacinação contra a Covid-19. O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos principais alvos da operação, e sua residência em Brasília foi uma das buscadas pelos agentes, que recolheram seu celular.
Ao deixar a casa acompanhado de seus advogados, Bolsonaro negou qualquer envolvimento na adulteração, afirmando que nunca falou sobre ter tomado a vacina e que nunca lhe foi pedido cartão de vacinação nos EUA. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em outros locais em Brasília e no Rio de Janeiro e prendeu seis pessoas preventivamente, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Segundo a corporação, as falsificações nos cartões de vacinação ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tinham como objetivo burlar restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos.
Os investigados utilizaram os certificados adulterados para sustentar o discurso contrário à vacinação contra a Covid-19 e manter coeso o elemento identitário em relação às suas pautas ideológicas.
A PF está analisando o material apreendido durante as buscas e ouvindo pessoas que detenham informações sobre o caso.
A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro também se manifestou sobre a operação em suas redes sociais, afirmando que apenas ela foi vacinada em sua casa e que não teve acesso aos autos da busca e apreensão.
