Nesta terça-feira (12), o Ministério Público do Rio de Janeiro, em conjunto com a 27ª Vara Criminal da Capital, formalizou denúncia contra Yuri Moura Alexandre, estudante de medicina, por sua participação em um episódio de agressão ao ator Victor Meyniel, ocorrido no dia 2 de setembro. As acusações incluem lesão corporal, injúria com motivação homofóbica e falsa identidade.
Os fatos ocorreram em um edifício localizado em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o relato da denúncia, além de agredir fisicamente o ator, Yuri utilizou expressões homofóbicas para ofendê-lo. O estudante também foi indiciado por falsa identidade, uma vez que se apresentou aos policiais como médico da aeronáutica.
A narrativa dos eventos, conforme descrita no documento enviado pelo Ministério Público, descreve o encontro entre Yuri e a vítima em um espaço público, que posteriormente se dirigiram à residência do acusado. Entretanto, a situação se deteriorou quando uma terceira pessoa, que compartilhava o imóvel com Yuri, chegou ao local. Yuri passou a gritar com Victor e a se comportar de maneira agressiva, chegando a expulsá-lo do apartamento com violência.
Ao alcançar a portaria do edifício, Victor foi surpreendido por Yuri, que continuou com seu comportamento agressivo. Quando a vítima confrontou o acusado, lembrando que haviam mantido uma relação íntima recentemente e tornando pública sua homossexualidade, Yuri proferiu insultos homofóbicos e desferiu diversos socos no rosto e na cabeça de Victor.
A polícia militar foi acionada por Victor, e Yuri foi encontrado em seu apartamento após as agressões. Na ocasião, Yuri apresentou um crachá do Hospital Central da Aeronáutica, identificando-se como militar na tentativa de obter vantagens no tratamento por parte dos policiais.
Os crimes imputados na denúncia coincidem com as acusações apresentadas durante a investigação conduzida pela 12ª Delegacia de Polícia de Copacabana, que resultou no indiciamento de Yuri em 8 de setembro.
O porteiro do edifício também foi autuado pela polícia por omissão de socorro.
Este caso, que envolve uma agressão com motivação homofóbica, tem recebido ampla cobertura e provocado debates sobre a necessidade de combater a intolerância e a violência baseadas na orientação sexual das pessoas. Yuri permanece sob prisão preventiva no Complexo de Bangu enquanto aguarda julgamento.
