abril 28, 2025
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28/04/2025

PM condenado a 14 anos por assassinato de ambulante em Niterói morre

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Morre PM condenado a 14 anos por matar ambulante em Niterói

Carlos Arnaud Baldez Silva Júnior, policial militar condenado a 14 anos de prisão pelo homicídio de um vendedor ambulante em frente à estação de barcas do Centro de Niterói, faleceu aos 53 anos na unidade prisional de Bangu, na Zona Oeste do Rio. A morte, causada por uma tromboembolia pulmonar em 3 de novembro, ocorreu apenas dez dias após a condenação.

Detalhes sobre as circunstâncias da morte não foram divulgados. Arnaud foi encaminhado ao hospital penal, mas não resistiu. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio.

Uma semana antes do falecimento, em 24 de outubro, a juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho, havia sentenciado Carlos Arnaud a 14 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, por homicídio qualificado, determinando também a perda de seu cargo como policial militar. O crime ocorreu em fevereiro do ano passado, quando Arnaud, estando de folga, atirou contra o vendedor ambulante Hyago Macedo de Oliveira Bastos, de 22 anos, na fila da estação da CCR Barcas, no Centro de Niterói.

Além da condenação criminal, o caso também prosseguiu no âmbito cível, com a família de Hiago processando o estado e buscando indenização. Com a morte do acusado, o processo civil continua contra o Estado, conforme afirmou o advogado assistente da acusação, Sérgio Fernandes.

Sérgio explicou que durante o processo, a defesa do PM alegou problemas de sanidade, alegação derrubada pela sentença da juíza Nearis Carvalho. O advogado enfatizou que o caso destaca questões de subconsciente e racismo estrutural.

A viúva de Hyago, Thais Conceição, enfrenta a dificuldade de lidar com a ausência do marido. Ela destaca o impacto na vida de sua filha de 3 anos, que sempre foi cuidada por Hyago desde o nascimento. Thais acredita que o fato de Hyago ser negro pode ter influenciado a ação do PM. Ela expressou alívio pelo resultado da Justiça, mas questionou quantos casos similares não têm a mesma justiça.

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