A Polícia Civil interditou a academia onde uma jovem de 22 anos morreu na noite de terça-feira em Copacabana, no Rio. Dayane de Jesus, aluna de Relações Internacionais da UFRJ, teve um mal súbito durante o treino. Pessoas presentes no local tentaram socorrê-la, conforme mostram imagens de câmeras de segurança.
As autoridades investigam se a academia violou normas de segurança, especialmente a ausência de um desfibrilador externo automático, obrigatório por lei desde 2022 no estado. A polícia busca determinar se a falta desse equipamento pode ter contribuído para a morte da estudante.
A academia foi interditada por descumprir regras administrativas relacionadas ao atendimento de emergência. Um aluno médico que treinava com Dayane solicitou o desfibrilador, mas não estava disponível.
A legislação estadual exige que academias tenham pelo menos um desfibrilador em funcionamento e pessoal treinado para utilizá-lo, sob pena de multa e interdição.
Uma resolução de 2015 da Secretaria Municipal de Saúde do Rio determina que academias tenham profissionais de educação física capacitados em primeiros socorros, com atualização a cada 24 meses, e presença obrigatória durante todo o horário de funcionamento.
Investiga-se também a necessidade de exames médicos nas matrículas, não obrigatória por lei. A academia pode ter negligenciado o exame de Dayane, que tinha problemas cardíacos.
O Instituto de Relações Internacionais da UFRJ emitiu nota de pesar nas redes sociais pela morte de Dayane.
Dayane de Jesus _ Foto: Reprodução/Internet
