Quase um mês após o crime, um vídeo chocante começou a circular nas redes sociais, mostrando o espancamento que levou à morte de Rosemary Euzébio, de 64 anos. Capturadas por uma câmera de segurança, as imagens mostram o agressor de 39 anos desferindo seis socos no rosto da mulher, fazendo-a cair, e bater a cabeça dela 18 vezes contra o meio-fio. O crime aconteceu na madrugada de 27 de março na Rua Salvatori, no Rocha, em São Gonçalo. Rosemary estava com seu cunhado, que não possui um dos braços, quando o agressor chegou gritando que queria dinheiro ou mataria os dois. O cunhado conseguiu pedir ajuda a policiais militares que passavam pelo local e o agressor foi preso em flagrante. Rosemary foi encaminhada ao Centro de Tratamento Intensivo, mas não resistiu e faleceu no mesmo dia.
As imagens do ato de violência geraram raiva e indignação na população, que exigiu justiça para a vítima. Durante audiência de custódia, realizada no dia 28 de março, o acusado responde por homicídio qualificado e foi enquadrando no regime fechado. Autoridades da região prometeram um inquérito pronto em 15 dias para apurar a responsabilidade criminal. A família da vítima também anunciou sua intenção de interpor ação judicial contra o Estado para exigir o pagamento de indenização.
Com o vídeo circulando ainda mais, a sociedade exige justiça para Rosemary Euzébio, uma mulher de aposentadoria humilde que, após sofrer um ato brutal de violência, não teve o direito de lutar pelo que pode lhe ser devido, como o recebimento da indenização na qual tinha direito.A violência contra a mulher ainda é preocupante e urgente que haja forte elucidação do crime para que outros sejam evitados. A justiça deverá ser feita na medida máxima para que as autoridades possam demonstrar que tratam com severidade o caso e marque o início de uma série de mudanças na sociedade para que a violência contra mulheres não seja tolerada.